Depois, ah depois, depois de inúmeras picadas de borrachudos, tudo estava lá, nos esperando. Ainda demoraria para que fossemos pra lá, mas não havia pressa, ansiedade, sim, mas pressa, passava longee dali. Após isso, banho, ah lembranças, jantar, ah lembranças, dança, ah lembranças, fogueira, ah lembranças. Como aquele lugar, e tudo que ele nos oferecia me trazia tantas lembranças? Sempre vou me fazer essa mesma pergunta, mas ele faz, qualquer som, imagem, cheiro, e só, mais lembranças.
Pois agora havia chegado a hora, todos sobem, e ficam lá, os trinta e quatro. Ah, esses famosos trinta e quatro, tantas histórias para contar. Lá estavamos nós, barracas montadas, chocolate já quente, fogueira ardendo, só faltavamos nós, e lá estavamos, engraçado, nessa hora o coração começou a bater rápido. Estava acontecendo, tão rápido, de maneira tão devagar, a última vez, que aqueles trinta e quatro fariam uma história por lá, a última chance de falar, o que só pode ser dito lá, a última lágrima do canto do olho, que cai de maneira diferente lá, mas era lá que estávamos, o último, não era pra ser lembrado agora, não podiaa ser lembrado agora, e depois, sentada no chão, ao olhar para as brasas da fogueira, que subiam, meu coração acalmou, meus olhos sorriram, sábia que o que tinha sido lembrado ali, o tinha sido dito ali, subiria com ajuda das chamas, e como as estrelas, seria eterno, eterno por uma noite, eterno, por aquela noite.